Introdução da História

- Existência de muitos conflitos entre alunos/as, e também comportamentos violentos e bullying; - Existência de participações disciplinares; - Utilização excessiva de telemóveis durante os intervalos e pouca interação entre alunos/as; - Falta de alternativas para os/as alunos/as se divertirem durante os intervalos; - Pouca participação cívica e posicionamento sobre temas importantes; - Pouco envolvimento da família/comunidade em geral na vida escolar; - Meio ambiente e alterações climáticas.

O problema que foi escolhido pelo grupo, após discussão e consenso entre todas, foi a “existência de muitos conflitos entre alunos/os, bem como comportamentos violentos e situações de bullying frequentes”. Este foi o problema escolhido por ser realmente um grande desafio na nossa escola e que, apesar de ter vindo a ser trabalhado pela comunidade educativa os resultados ainda não são os ideias e acreditamos que, com um Clube de Alun@s que trabalhem em conjunto com a comunidade e façam esta “intervenção” com os seus pares, será uma mais valia! Para além disso, é um problema que, direta ou indiretamente se relaciona com outros que foram também identificados e permite que seja feito um trabalho a partir de vários eixos, permitindo trabalhar e sensibilizar sobre várias questões.

As principais pessoas afetadas pelo problema eram, principalmente, os próprios alunos. Os mesmos referem que as consequências deste problema os impactam negativamente no dia a dia na escola, fazendo com que estes não se sintam seguros no local onde deveriam ser felizes e crescer! Além disso, os professores e pessoal não docente também são afetados pelo problema, já que várias vezes se vêm obrigados a intervir em conflitos em contexto de recreio e até mesmo sala de aula, apesar de nem sempre se sentirem preparados para tal.

- Formações (de alunos e professores); - Criar um clube de alunos que funcione como uma entidade mediadora dentro da escola; - Ações de sensibilização; - Programas de mentoria com alunos mais velhos a acompanhar alunos mais novos ou a passar por dificuldades; - Aulas de educação socioemocional.

Escolhemos implementar a criação de um clube que funcione como uma entidade mediadora na escola e que seja também responsável por desenvolver ações de sensibilização. Optamos por esta solução porque acreditamos que a participação ativa dos alunos na mediação de conflitos pode ser mais eficaz, pois os alunos sentem-se mais à vontade para se abrir com os seus pares. Além disso, ao integrar os alunos no processo de resolução de conflitos, promovemos um sentido de responsabilidade e empoderamento, encorajando-os a serem parte ativa na construção de um ambiente escolar positivo.

Depois de imaginar o projeto, foram abertas as inscrições para o Clube de forma a poder chegar a todos/as os alunos. Como primeiro passo, as alunas que foram “membros fundadores” do Clube tiveram formação sobre gestão e mediação de conflitos, para se sentirem preparadas para dar início ao projeto e participaram ativamente na construção do regulamento interno do Clube. Posteriormente, foi feito um trabalho de divulgação do Clube e dos seus objetivos. A partir daí, foram realizadas reuniões semanais do clube onde discutimos problemas e possíveis soluções, planeamos atividades e ações de sensibilização sobre vários temas que consideramos importantes e pertinentes, e organizamos e preparamos os planos de intervenção. Posteriormente a cada atividade foi feita uma auto-avaliação com o grupo, refletindo sobre as principais conquistas e pontos a melhorar, bem como realizada uma avaliação do impacto.

- A presença ativa dos “Alun@s Ajudantes” e as ações de sensibilização desenvolvidas contribuíram para criar um ambiente escolar mais consciente e mais seguro; - Os membros do Clube, assim como outros alunos, desenvolveram habilidades importantes como empatia, comunicação, resolução de conflitos e liderança; - As ações de sensibilização aumentaram a conscientização sobre os efeitos negativos do bullying e da violência, promovendo uma cultura de respeito e cooperação entre os alunos. Houve uma mudança perceptível nas atitudes, com mais alunos condenando ativamente o bullying e apoiando as vítimas; - O projeto incentivou uma maior participação dos alunos, professores e pessoal não docente; - Muitos momentos divertidos, de partilha, reflexão e de empatia e gentileza!

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"Este Clube ajudou-me muito a ser uma pessoa mais confiante, com mais auto-estima e assim também a tratar melhor os outros" "As atividades do Clube d@s Alun@s Ajudantes ajudaram-me a refletir sobre coisas que nunca tinha pensado e para além disso diverti-me muito com elas."

- No início, houve dificuldade em atrair alunos para se inscreverem no Clube d@s Alun@s Ajudantes. Ultrapassamos realizando uma campanha de divulgação mais abrangente e atrativa, utilizando cartazes, apresentações em sala de aula, redes sociais e eventos escolares para informar sobre os benefícios e objetivos do Clube. - Insegurança e desconforto dos alunos mediadores em lidarem com situações complexas durante as ações de sensibilização. Muitas vezes, os alunos ajudantes não sabiam imediatamente como reagir ou responder a determinadas questões ou comentários feitos pelos colegas, especialmente quando esses comentários eram provocações, desrespeitosos ou difíceis de abordar. Ultrapassamos, criando momentos em que os membros do clube pudessem discutir as suas experiências, desafios enfrentados e receber formação (fazendo exercícios de roleplaying, por exemplo) sobre como melhorar as suas abordagens, bem como trabalhando a autoconfiança dos membros, apostando muito em trabalhar as suas competências socioemocionais.

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Boa saúde e bem estar

Porque ao reduzir o bullying e a violência escolar, promovemos um ambiente mais seguro e saudável para os alunos. As ações de sensibilização desenvolvidas contribuíram também para uma maior consciência da comunidade sobre questões relacionadas com a saúde mental. Além disso, um dos grandes focos do Clube é trabalhar competências de resolução de conflitos e gestão emocional, essenciais na promoção do bem-estar.

Em primeiro lugar através das ações de sensibilização, já que sendo desenvolvidas na escola foram a forma privilegiada para partilhar o projeto com esta comunidade. Adicionalmente, as ações desenvolvidas pelo Clube foram partilhadas nas redes sociais da escola, de forma a chegarem a mais pessoas. Foi sempre uma preocupação do Clube que o projeto fosse partilhado com toda a comunidade e que fosse além dos “portões da escola”, pelo que marcamos presença em eventos organizados pela Associação de Pais e Encarregados de Educação e eventos abertos à Comunidade com bancas personalizadas que davam a conhecer o nosso trabalho e objetivos. Para além disso, apresentamos o nosso Clube a outras instituições, nomeadamente outras escolas, tendo tido reuniões com os seus representantes para avaliar a possibilidade de conseguirmos fazer parcerias e partilhar experiências.

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1. Monitorização e Avaliação:Implementar um sistema contínuo de monitorização e avaliação das atividades do Clube e das ações de sensibilização para ajustar e melhorar as estratégias conforme necessário. 2. Manter o funcionamento do Clube d@s Alun@s Ajudantes no próximo ano letivo, ajustando o seu funcionamento consoante a avaliação e o feedback recebidos. 3. Estabelecer parcerias com organizações externas especializadas em mediação de conflitos e saúde mental para obter apoio contínuo e recursos adicionais. 4. Tendo em conta que a proposta apresentada pelo Clube foi vencedora do Orçamento Participativo das Escolas, garantir a implementação da mesma no próximo ano letivo, o que nos irá proporcionar um novo espaço e mais recursos para continuarmos a trabalhar na mudança.