Introdução da História

2021

Animal Sem Código Postal

Escola Básica 2,3 Dr. Manuel Pinto Vasconcelos

Porto

Mentor

Catia Barbosa

Step 1 Sente

a) Situação de uma senhora sem-abrigo perto do liceu da sua escola; b) Preocupação com o futuro e bem-estar da família (ao nível da segurança financeira e de saúde); c) Animais abandonados e/ou a passear na rua sozinhos, que vêm em vários locais na sua comunidade (ex.: à porta da escola; de casa; perto do cemitério da freguesia ou quando passeiam de carro); d) Situações de maus-tratos e/ou negligência a animais; e) A rede de internet e os recursos materiais da escola necessitam de ser melhorados; f) A poluição no caminho à ida para a escola; g) Intervalos da escola curtos, “quase não dá para brincar”;

Apesar de terem sido identificados vários problemas que incomodam os alunos na sua comunidade, após discutirem em grupo os vários argumentos para se trabalhar cada uma das questões assinaladas, realizamos uma Assembleia de votos na qual verificamos que o problema sobre o qual os alunos se gostariam de debruçar seria o abandono e maus tratos a animais. A escolha deste tema, prendeu-se com o facto de ser algo que afeta diretamente o seu bem-estar emocional, pois vários alunos referiram expressões como “fico muito triste e só me apetece chorar cada vez que vejo um animal abandonado na rua”. Por outro lado, verificou-se também a necessidade e a vontade de ter informação sobre este tema, visto que os alunos verbalizaram expressões como: “cada vez que vejo estes animais na rua não sei o que fazer para ajudar, porque não posso levar todos para casa!". Outro dos argumentos apresentados pelos alunos prende-se com o facto se preocuparem com o bem-estar não só emocional como também físico destes animais (“os cães da rua correm o risco de serem atropelados e há pessoas que os maltratam. Uma senhora da minha rua jogou os cães fora”). Foi referido ainda como argumento a necessidade que sentiam de defender esta causa, por considerarem que os animais estão numa posição de maior vulnerabilidade porque “eles (animais) não têm voz para se defenderem e pedirem ajuda". Vislumbrando este problema como algo injusto e sobre o qual eles não poderiam ficar indiferentes, referiram querer fazer algo para ajudar a equilibrar a balança (ex.:“é injusto tantos animais pobrezinhos sem casa, na rua ou no canil. E alguns que tem donos não são bem tratados porque não lhes dão comidinha ou então ficam presos com correntes ao pescoço"). Vários alunos, referiram ainda que esta é uma realidade à qual estão expostos no seu dia a dia, em distintos locais da sua comunidade, havendo relatos de vários alunos sobre o cão abandonado que diariamente vêm em frente da sua escola (ex. "aqui em frente à escola, tem um cão abandonado e ao pé da minha casa também e eles já estão há muito tempo sem donos! Este que está aqui perto da escola, até é agressivo, deve ser por não ter dono ou porque alguém o tratou mal! Mas ainda ninguém o conseguiu apanhar, ele foge!").

Relativamente às pessoas afetadas pelo problema, sinalizamos distintos agentes e recolhemos alguns testemunhos, que recolhemos em áudio e posteriormente, transcrevemos: a) Os animais: apesar de sabermos que não poderíamos ter o seu testemunho em primeira mão, observamos diretamente os seus comportamentos, necessidades e quando estavam tristes e/ou contentes. Falamos também com a veterinária municipal para perceber quais as necessidades dos mesmos que não eram cumpridas, de forma a tentarmos perceber como especificamente os mesmos eram afetados. Assim, percebemos que há muitos animais que não recebem os cuidados médicos necessários, como: vacinação, colocação de chip e esterilização, levando não só à proliferação de ninhadas de rua mas também a que, por exemplo, algumas cadelas de rua não esterilizadas fossem atacadas por outros animais, ficando com problemas médicos. A este propósito conhecemos o caso da Podenga, uma cadela resgatada, que segundos os serviços veterinários: "por estar em cio e não esterilizada, estava muito assustada e sujeita a ser atacada por outros animais, quando foi encontrada estava com um prolapso retal”). Por consequente, percebemos que muitas vezes estes animais não têm as condições de segurança e de bem-estar que lhes assegure uma vida digna e feliz. Como também, a comunidade ainda não tem um clara noção de todas as consequências associadas ao abandono e à não esterilização. b) Os veterinários/trabalhadores da causa animal. Para aceder às suas preocupações falamos com a Dr.ª Joana Monteiro, Veterinária Municipal de Paços de Ferreira. As preocupações referidas foram várias e gostaríamos de destacar algo que consideramos particularmente curioso e novo para nós: o burnout, ao qual estes trabalhadores estão sujeitos. Estes profissionais ao serem diariamente confrontados com novos casos e sinalizações de abandonos sentem ser muito difícil conseguir dar resposta a todas as solicitações, o que pode em alguns casos levar a uma sensação de frustração e desgaste. Foi ainda manifestada a preocupação com as ninhadas de rua, que constituem uma proliferação desta situação e tornam cada vez mais difícil o combate ao problema. c) Donos e trabalhadores de associações de proteção a animais. A este propósito falamos com as responsáveis da Associação os “Cemtrela” e da Associação "os Pecaninos", ambas de Paços de Ferreira. As preocupações referidas centraram-se no facto de por vezes, haverem situações onde os animais são abandonados novamente após adotados. Por outro lado, e como consideramos que este é um problema que afeta toda a comunidade ao nível nacional e mundial, procuramos também recolher informação e a visão de outras associações localizadas noutros municípios, para conhecer as suas realidades. Assim, começamos por contactar organizações onde já conhecíamos algum aliado. Contactámos a Sr.ª Marisa, uma cidadã ligada à proteção animal que tem sido responsável pelo acolhimento vários cães e gatos, em Viana do Castelo. A mesma manifestou como preocupação o facto de chegarem a si animais já muito debilitados ou maltratados. Sendo que se os mesmos tivessem donos mais responsáveis e cuidadosos poderia realizar-se uma deteção mais precoce de doenças e/ou evitar-se o desenvolvimento de alguns problemas de saúde nos animais. A mesma relatou-nos histórias de animais que chegam a si, cujos donos desistiram deles assim que viram que os mesmos estavam doentes. Destacou ainda a preocupação específica com os animais em situação de especial vulnerabilidade, como os paraplégicos ou cegos que com maior dificuldade se podem mover, defender de pessoas e outros animais e também procurar alimento. Animais estes também com uma maior dificuldade para serem adotados, uma vez que exigem cuidados específicos e continuados; como também implicam um maior custo económico e de tempo para os seus cuidadores. Já para Isabel Searle, da Tinyshelter em Albufeira: "o que mais nos afeta é vê-los sozinhos: a lutarem para sobreviver, para encontrarem um pouco de comida e alguns segurança! Os que foram abandonados andam à procura do dono ou alguém que os acolha e lhes dê essa segurança. Alguns temem ser escorraçados, apedrejados e sentem-se aterrorizados e indefesos. O pior de tudo é que o dono que nos olhos deles sempre foram os seus heróis, os largaram algures e desapareceram! Quase sempre, sabemos que correm atrás do carro durante km's...confusos. Custa muito vermos isto. É desumano e monstruoso". e) Cidadãos de Freamunde que entrevistamos: os amantes de animais referem sofrer ao ver tantos animais sem condições ou abandonados (“são tantos e uma pessoa até fica mal só de os ver a sofrer – relato de uma funcionária da escola); para os condutores há o risco de terem um acidente (por um cão sem trela, se atravessar na estrada); os donos de cães referiram que “por vezes, é complicado quando uma pessoa está a passear o seu cão e se depara com um outro abandonado. Porque mesmo que uma pessoa queira ajudar, tem receio que o outro cão venha atacar o nosso”. Recolhemos ainda alguns testemunhos de familiares de alunos: “afeta-me porque revela a falta de humanidade das pessoas para com os animais, bem como a falta de valores e responsabilidade para com eles” (testemunho de uma progenitora); “preocupa-me que não tenham condições para viver e para o bem-estar deles” (testemunho de irmã de uma aluna); “preocupa, não gosto de ver animais abandonados, fico triste e desanimada! Como é que há pessoas sem coração com coragem de os abandonar assim?!”(testemunho de vizinha de uma aluna); “afeta muito porque não gosto de os ver com fome, maltratados. Eu mesmo tenho animais e preocupo-me com eles…dou-lhes muito carinho…muito miminho” (avó de aluna); “preocupa-me porque ficam desprotegidos, sujeitos a acidentes, com problemas de saúde e não têm ninguém para cuidar deles e eu fico muito triste com essas coisas” (tia de aluna). f) Alunos: referem que por vezes, têm medo de serem atacados por cães de rua; preocupam-se por eles não terem como falar e se defender, e isso causa-lhes mal-estar. Como também referem se preocupar em específico com a falta de alimentos, água, abrigo e “carinho”. A título exemplificativo segue o testemunho da Matilde, do 5ºano: “nós humanos temos sentimentos, temos uma casa, um lar, uma família que nos dá carinho e atenção e há muito animais que não…e precisam disso”;

Step 2 IMAGINA

• Informar outros alunos, pais, professores e a comunidade sobre os cuidados a ter com os animais de companhia; • Realizar de um concurso de desenho, na escola, sobre a proteção animal; • Criação de uma página no Instagram para divulgar os animais para adoção e informar a população; • Organizar uma cão(minhada) na comunidade; • Organizar uma sessão de cinema ao ar livre, direcionada à comunidade de Paços de Ferreira, com companheiros caninos (do canil) para que as pessoas conheçam os animais e se promovam adoções responsáveis; • Organizar uma exposição com as fotos e histórias dos animais para adoção; • Adotar uma mascote para a escola; • Angariar fundos para doar às associações locais de proteção animal, para dar melhor condições aos animais; • Organizar passeios, ao fim-de-semana, para os animais do canil; • Confecionar caminhas para doar aos canis e associações locais;

Como objetivo geral, das soluções que selecionamos pretendemos: promover a empatia pelos animais; informar e sensibilizar o maior número de pessoas, por meio de ações distintas; promover adoções responsáveis, bem como prevenir situações de maus tratos ou negligência a animais. Relativamente às soluções concretas e respetivas justificações são as seguintes: • Organização de um concurso de desenho, na escola, sobre a temática da proteção animal. A escolha desta atividade prende-se não só pelo facto de os alunos envolvidos gostarem particularmente de artes e como tal gostariam de recorrer à mesma no âmbito da realização do projeto; bem como pelo facto de termos como objetivo que os participantes no concurso pesquisassem informação, refletissem sobre o que significa a proteção e o bem-estar animal e concretizassem essa visão através da arte. Por outro lado, com esta atividade pretendeu-se motivar e cativar outros alunos também para aderirem e conhecerem o projeto. Visto que os trabalhos foram afixados para toda a escola, queríamos desta forma promover e sensibilizar para esta causa de uma forma mais apelativa; • Criação de uma página para divulgar os animais para adoção e informar sobre os cuidados a ter com os animais de companhia. Selecionamos esta atividade pois consideramos que ao divulgar as fotos e histórias dos mesmos poderíamos potenciar as suas adoções e consequentemente reduzir assim o número de animais ao cuidado do canil, dando lugar a que os mesmos possam recolher outros animais ainda na rua. Por outro lado, consideramos que seria importante informar sobre os cuidados a ter com os animais pois nós mesmos ainda precisamos de descobrir muitas coisas sobre o bem-estar animal. Tínhamos a consciência que por vezes, há atitudes nossas que até poderiam ser não intencionais, no entanto, prejudiciais para o seu bem-estar (ex.: dar chocolate ou dar banho com champôs não específicos para animais). Assim, ao pesquisarmos informação para dar aos outros nós também estaríamos a aprender e a ajudar os donos e potenciais donos a saberem como cuidar bem dos seus animais, respondendo a todas as suas necessidades; • Organização de sessões de sensibilização sobre o bem-estar animal e a prevenção do abandono/maus tratos dos animais. Com estas ações de sensibilização pretendemos levar a informação a um maior número possível de pessoas da comunidade. Sendo que desta forma, seria também possível levar os animais para que as pessoas pudessem conhecê-los e promover assim uma maior empatia para com os mesmos; como também permitir a criação de um espaço para que as pessoas pudessem também colocar questões aos especialistas (ex.: à veterinária). Por outro lado, nestas sessões de sensibilização ao expormos os trabalhos dos vencedores do concurso de desenho, queríamos também reconhecer e reforçar os alunos envolvidos no concurso, mostrando-lhes que com pequenas ações podem e devem intervir nesta causa. • Confeção de caminhas para doar aos canis e associações locais. Os alunos ficaram muito sensibilizados ao verem imagens de canis, e em particular manifestaram a preocupação na forma como estes animais dormem. Tendo em conta também que na região há muitas costureiras, nomeadamente as suas mães/tias/avós, os alunos sugeriram fazer caminhas para potenciar o bem-estar destes animais resgatados, na hora de dormir, recorrendo aos recursos a que têm maior facilidade de acesso, para responder a esta necessidade identificada; Implementaremos também as seguintes soluções, nos próximos meses: • Organizar uma cão(minhada) na comunidade; • Organizar uma sessão de cinema ao ar livre, direcionada à comunidade de Paços de Ferreira, com companheiros caninos (do canil) para que as pessoas conheçam os animais e se promovam adoções responsáveis; • Replicar as sessões de sensibilização noutras escolas do Agrupamento e num evento aberto a toda a comunidade de Paços de Ferreira.

Step 3FAZ

Para implementação do projeto, após debate e votação em grupo, seguimos os seguintes passos: Numa primeira fase, tendo já decidido quais as atividades que gostaríamos de realizar começamos por redigir uma apresentação do nosso projeto e solicitar as devidas autorizações à direção da escola. Para que esta reunião corresse bem, realizamos previamente uma sessão sobre comunicação verbal vs. não verbal e como falar em público. Recorrendo à técnica do role-play para que os alunos pudessem ensaiar e preparar-se para apresentar o projeto na reunião ao coordenador da escola. Após realização da reunião e autorização conseguida, criamos o nosso plano de ação, nomeadamente: organizamos e dividimos tarefas, entre grupos e turmas; listamos o material necessário para cada uma das atividades; preparamos o cronograma das nossas ações, no qual definimos por que atividades iríamos começar tendo em conta o critério tempo que demorariam a executar e planear, mas também para termos atividades sequenciais. Procedemos em seguida ao contacto com outros aliados para além dos que já tínhamos entrevistado. Nesta fase, que ia para além da procura de informação pensamos a quem poderíamos recorrer para nos ajudar em diferentes fases do processo ou relativamente a atividades distintas (ex.: Junta de Freguesia e a Câmara Municipal para nos ajudar a divulgar e ser nossa aliada nestas campanhas de sensibilização). Assim, procedemos à redação de mensagens/e-mail's para contactar os aliados. Bem como, estabelecemos contactos telefónicos, para pedir materiais (ex.: esponja e tecidos) ou ajuda a outros adultos para fornecerem contactos de possíveis aliados e ajudarem-nos a confecionar as camas; Posteriormente, os alunos e as famílias que sabiam costurar, realizaram a confeção das caminhas. Para a realização do concurso de desenho procedeu-se à: discussão e aconselhamento junto de alguns professores de desenho e após decisão através de votação (do grupo) foram redigidas as regras do concurso; criação de materiais de divulgação do concurso; avaliação dos desenhos que melhor representavam o tema da proteção, através de um júri constituído por alunos; preparação dos diplomas e criação dos prémios a entregar aos vencedores e participantes do concurso. Para as sessões de sensibilização e para a divulgação de informação relativamente aos cuidados a ter com os animais e para potenciar também as adoções responsáveis: criamos uma página de Instagram (@animalsemcodigopostal), onde divulgamos, criamos e partilhamos conteúdo, que pesquisamos. Como também estabelecemos parceria com o Serviço Veterinário Municipal de forma a divulgar os seus conteúdos digitais, como cuidados a ter e curiosidades sobre os animais. Por último, após recebermos a foto e a informação dos animais, do canil para adotar, redigimos a sua história de forma mais apelativa. Ensaiamos várias vezes e posteriormente, foi feita a gravação dos áudios, a contar essa história para ser associado à foto do animal.

Com este projeto, até à presente data destacamos os seguintes resultados: a) Confeção e doação de 20 caminhas para os patudos resgatados, aos cuidados dos Serviços Veterinários Municipais e ao gatil da Associação “Cemtrela”, ambos de Paços de Ferreira; b) Maior reflexão, dos alunos, sobre a hipótese de adotar ao invés de comprar animais de companhia, dando assim uma oportunidade aos animais resgatados; c) Maior conhecimento e consciencialização sobre os maus tratos animais e os direitos dos mesmos. Sendo os alunos capazes de dar dicas concretas de como os ajudar. Como também são mais capazes de colocar questões sobre os seus animais de companhia, nomeadamente sobre como melhor dar resposta às suas necessidades (ex.: “não quero que o meu cão esteja sempre preso, mas também não quero que ele ataque as galinhas da minha avó! O que posso fazer?”); d) Criação de oportunidades práticas que promovem o espírito de liderança, empreendedorismo e cidadania ativa, dos alunos envolvidos no projeto. Bem como consequente modelagem positiva dos que observam esta liderança estudantil; e) Maior sentido crítico e reflexivo, sobre esta temática, que se repercutiu num aumento das questões reflexivas que os alunos colocam de forma espontânea, sobre o bem-estar animal, por exemplo: “eu gostava de adotar um cão, mas não sei como treina-lo! O quê que eu preciso de fazer?” (Matilde, aluna do 5ºD); f) Desenvolvimento de competências na área de informática e de pesquisa de informação, nos alunos envolvidos na elaboração de todo o conteúdo web. Os mesmos transpõem a aprendizagem dessas ferramentas na elaboração e apresentação de trabalhos em contexto escolar; g) Referência direta de vários alunos, famílias e de funcionários que já se deslocaram ou estão à espera de marcação nos serviços municipais para procederem à realização do chip e vacinação, após terem conhecimento da campanha através da nossa sessão ou publicação na página de Instaram; h) Adoção, de uma das cadelas resgatadas, a “Preta”, por parte de uma das famílias presentes no nosso 1.º evento de sensibilização; i) Aumento das sinalizações de animais em situação de abandono ou negligenciados, por parte dos alunos da escola; j) Inscrição de novos 15 alunos, para se associarem ao projeto como embaixadores, dando voz a mais animais; k) Manifestação de vontade na comunidade de levarmos este projeto a outras escolas, exemplo através de comentários nas redes sociais e pessoalmente.

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Veterinária municipal: Joana Monteiro “Hoje realizamos uma ação de sensibilização em escolas com os nossos animais, juntamente com o projeto Teach For Portugal. Esta iniciativa para além do tanto que foi gratificante, conseguimos ainda uma família para a nossa protegida Preta 😍 Foi um dia de trabalho intenso mas BOM. Acreditamos que a mudança começa nos mais pequenos, e que estas novas gerações vão mudar a forma como se tratam os animais. Muito gratos pela confiança que têm depositado em nós, neste novo percurso. Estamos cá, por eles 🐾” (publicado na pág. de Facebook dos Serviços Veterinários do Município Paços de Ferreira) Aluno do projeto, novo adotante: "este projeto é muito bom e eu acho importante ajudar os animais…eu ganhei uma melhor amiga e ela já ganhou uma casa nova com a minha família. E sei que vou cuidar bem dela para nunca mais ficar na rua".

• Tínhamos pouco tempo, por semana, para nos reunirmos todos e devido a restrições ainda do Covid na escola, apenas nos podíamos reunir por grupos de turmas, para não misturar bolhas; • Por causa do Covid, tivemos também que deixar em espera a cãominhada para evitar juntarmos tanta gente, tendo a mesma ficado agendada para Julho; • Algumas associações locais, tinham muitos animais ao seu cuidado, mas receio em colocar os animais para adoção, por medo de novos abandonos. Optamos por colaborar distintamente com cada uma delas e com vista a promover as adoções, contactamos a Veterinária da Câmara Municipal. •Foi difícil reunir informação sobre os cães para adoção porque ainda não existe um canil oficial e alguns cães ainda não estavam documentados/fotografados; •Alguns contactos que efetuámos não nos deram qualquer resposta, tivemos que procurar novos parceiros; • Alguma dificuldade inicial, na criação de conteúdo digital, devido ainda à falta de a vontade com as TIC e a redação de textos. Os alunos com maior facilidade instruíram os que tinham maior dificuldade. A superação destes obstáculos passaram por procurar soluções alternativas; falarmos com mais possíveis aliados; reajustarmos o plano de ação; dividimos responsabilidades para conseguirmos ter tudo pronto e também reagendarmos para mais tarde as atividades que queremos desenvolver abertas a toda a comunidade no parque da cidade.

mais de 30 dias

Vida em terra

Porque o foco principal do nosso projeto são os animais de estimação abandonados e/ou negligenciados e a promoção do seu bem-estar. A causa animal principalmente dos animais “sem código postal” é um assunto premente. Pois não só o seu bem-estar e a sua forma de vida são afetados, como também a de outros seres e comunidades à sua volta. Havendo outros seres vivos a serem prejudicados pelo crescimento descontrolado de matilhas e gataria. Ao apoiarmos a sua adoção, tal como o conhecimento da comunidade sobre o bem-estar animal, diminuímos o sofrimento animal e ajudamos no equilíbrio dos ecossistemas. Desta forma, acreditamos que estamos a dar uma nova vida e oportunidade a seres da nossa terra, tornando a vida nela mais agradável para eles e para nós. Como também contribuímos para um mundo mais justo para todos os seres vivos.

Step 4 PARTILHA

Organizamos um evento na escola para apresentar o projeto onde tivemos a presença de alunos, professores, funcionários e pais como também do Vereador Dr. Paulo Ferreira, a Veterinária Municipal Joana Monteiro e a equipa do serviço veterinário municipal. Ambos manifestaram satisfação com o trabalho realizados e iremos continuar a colaboração. Com a comunidade escolar e comunidade do município partilhamos através das contas privadas de alunos e pais em publicações no Instagram; tiktok e facebook. Partilhamos também através da nossa conta de Instagram @animalsemcodigopostal; O projeto foi ainda partilhado com e pelos: Serviços Veterinários Municipais; na página do Município de Paços de Ferreira, através de publicação; através de publicação na página dos "Cemtrela" e pela Organização Teach For Portugal, numa story. Partilhamos ainda o nosso projeto via e-mail com a Junta de Freguesia, e nos próximos dias será também publicado na página deles. Nos próximos eventos, esperamos tê-los também presentes. A reação da comunidade estudantil, familiares e também da comunicação social está a ser extremamente positiva. Os alunos, envolvidos no projeto sentiram-se reconhecidos e orgulhosos por verem todo o seu trabalho exposto. E manifestaram que querem continuar no projeto. Os alunos que assistiram à sessão de sensibilização/apresentação do projeto estavam eufóricos e curiosos. Bem como, referiram ter vontade de colaborar também no projeto. Os pais referiram que esta é uma ótima oportunidade para os seus filhos aprenderem coisas novas e estarem envolvidos. E em relação à comunicação social, após apresentação do projeto fomos contactados pela Agencia Lusa, para agendarmos uma entrevista para que os alunos possam apresentar e falar sobre o projeto. Com isto, esperamos também aumentar o alcance da nossa intervenção. E encaramos também como um sinal positivo reação face ao mesmo.

mais de 100

Temos como objetivo que este projeto continue a ser aplicado todos os anos, em todas as escolas do concelho escolar, estando os próprios alunos com o papel de agentes multiplicadores, mentorando e formando outros grupos. Por outro lado, iremos continuar a divulgar e criar novas campanhas para angariar novos alunos, para serem embaixadores do projeto e darem voz a mais animais abandonados; Pretendemos concretiza novas parcerias, com associações de animais, cujo processo estamos em fase de conversação; Continuaremos a divulgar conteúdo digital, sobre o bem-estar animal bem como, pretendemos realizar divulgações periódicas das histórias em áudios dos animais para adoção em distintos espaços;